terça-feira, 15 de setembro de 2015

Quero gente de verdade...


Sou toda sentimento. E como sou.
Sou intensa, sou inteira.
Mas é verdade, e não da boca pra fora.

Sou tão verdadeira que se necessário me afasto sim, daqueles que de alguma forma podem “contaminar” a minha vida com sentimentos ruins.
Jamais vou me acostumar com as maneira fútil que muitas pessoas atualmente costumam lidar com sentimentos e emoções.

Relações onde existe uma entrega seja ela de corpo, ou de alma, e que na semana seguinte pode simplesmente ser tratada como algo banal.
Sim, banalizaram as emoções. Isso me faz mal.

Tento, juro pra vocês que tento me modernizar. Mas não consigo. Na verdade acredito que não consigo porque não é isso que quero aqui dentro do meu coração.
Prefiro ser careta e antiga, mas ser de verdade. Não desperto em ninguém algo que não esteja sentindo, não crio expectativas que possam se frustrar.

Acima de desejos e aventuras, e tentativas de julgar encontros como casuais, existe algo que não me deixa sentir assim. Algo que para mim é ter respeito com as pessoas. É respeitar o jeito e o sentimento de cada um, e a confiança que aquela pessoa depositou.
É tão bom quando existe uma entrega verdadeira, quando aquele encantamento permanece e aumenta, quando o desejo se mistura com a real vontade e disposição de fazer com que as coisas tenham um rumo. Mas qual rumo seria esse?

Sinceramente, não tem como saber. Porque as pessoas não se abrem, não se entregam.
O que muitas pessoas querem é fazer joguinhos. Coisa chata. Jogo de conquista, mas pra que?

Pra satisfazer o ego, pra mostrar que consegue “pegar mais”?
Honestamente: Acho isso ridículo.

Lamento pensar que em alguns momentos acreditei em pessoas do tipo. Talvez por momentos de carência, ou até mesmo por essa tentativa de querer arriscar e modernizar.
Mas não preciso desse tipo de ser humano ao me redor.

Quero gente.
De verdade.

Assim, do jeitinho que eu sou.

Solange Mendonça